Amores portugueses...

Não estou em Portugal à procura de um grande amor, nem de um pequeno, nem de nada, mas o tema “amor” me pareceu apropriado para esse clima de dia dos namorados.

Aqui na Europa, como nos Estados Unidos, o dia dos namorados é comemorado no dia 14 de fevereiro, é o famoso Valentine’s Day que você já ouviu falar na sua aula de inglês ou em algum filminho hollywoodiano. Eu não vou ficar falando sobre o fato de estar solteira no dia dos namorados: isso você pode ler no Dança da Sedução. Eu vou falar é dos namorados portugueses.

Portugal inspira romantismo disse-me uma amiga, certa vez. Se eu concordo com isso ou não, são outros quinhentos, mas o fato é que realmente o romantismo move e comove os portugueses.

Alguns aspectos sobre o comportamento masculino português:

- Se um português te chama para tomar um café, fique esperta, não é só um café que ele quer. É algo mais.
- Se um português pede o seu telefone, pense bem antes de passar o número: ele vai ligar. E se você não atender, ele vai ligar de novo. E vai mandar mensagem. E vai tornar a ligar. Enfim... se você não estiver disposta a atendê-lo, não faça a besteira de fornecer o seu número de telemóvel e por em risco a sua paz.
- Se você estiver começando algo com um português e não tiver pretensões de um relacionamento sério, esclareça logo de início que é para ir com calma. Caso contrário, em uma semana ele diz que está apaixonado e logo te pede em namoro. Dependendo da idade do moçoilo, faz até planos para casar.
- Português apaixonado deixa de lado a fama de “pão-duro”. Ele gasta com você (em plena crise!): compra flores, chocolates, leva para jantar, etc, etc.

Enfim... nesses aspectos comportamentais os portugueses são bem diferentes dos brasileiros. Acho que é porque eles não conhecem o conceito de micareta: “o famoso pego e não me apego”. Há quem ache bom e há quem ache ruim.

No mais, só digo isso: ainda bem que ninguém é igual! Assim dá para variar um pouco.

Para os amantes de plantão o que me resta é desejar um Feliz Dia dos Namorados.
Para os solteiros, vale lembrar que temos outros 364 dias para comemorar!!! Huhu!

No escurinho do cinema... (português!)

Nesse clima de Oscar, vou contar a minha primeira experiência no cinema português...

Minha estreia (na nova ortografia!)

Mesmo estando em Portugal desde outubro, eu ainda não tinha pisado numa sala de cinema portuguesa. Então, sem mais nem menos, numa fria noite coimbrã, resolvi pegar um cineminha com as amigas.

Para a minha estreia nas telonas portuguesas escolhi Burlesque, musical estrelado pela sanfoninha Cristina Aguilera e pela mega diva Cher.

O filme

O filme é ótimo. Aqueles enredos bobinhos, na pegada teen, mas com uma super produção. Aguilera faz papel de uma aspirante a cantora. Para alcançar seu sonho, ela vai para Los Angeles (Podia ser Las Vegas, aí eu jah mandava um: QUEM NUNCA FOI P/ VEGAS?!) e começa a trabalhar como garçonete (ou empregada de mesa, como se diz eufemicamente aqui em Portugal) no teatro Burlesque. Da bandeja, ela passa para os palcos como dançarina, e dali logo conquista os vocais. Cristina arrasou no longa, deixou a diva-mor Cher em segundo plano!

Enfim... Vale a pena ver o filme, que só estreia no Brasil dia 11 de fevereiro (eu acho!), não só pelo elenco estrelado mas também pela super produção... cenário, figurino, coreografias... lindo!

Surpresa!

Agora que eu já contei o filme todo e ele não é mais surpresa para ninguém, vou revelar uma segunda surpresa: INTERVALO!!!

Exatamente, de repente, não mais que de repente (como diria Vinicius de Moraes), eis que surge um tela preta com os dizeres: INTERVALO – 7 MINUTOS.

Como bem disse minha amiga xará, “E agora, o que é que a gente faz?”. Não estávamos com vontade de ir a casa da banho, não estávamos com fome devido a quantidade de pop chickens do KFC ingeridas na primeira metade do filme, não tínhamos o que discutir pois o enredo não era nada muito complexo... Enfim... o jeito foi esperar!

Um obstáculo no escurinho do cinema...

Quem está “acompanhado” pode aproveitar bem os 7 minutinhos surpresa, pensei eu. Doce ilusão! As poltronas dos cinemas daqui de Coimbra não tem namoradeira! Uma surpresa um tanto quanto broxante para os casais apaixonados! Não se pode nem aproveitar o escurinho do cinema, nesse país! O jeito é só aquele “mão na mão, no braço da poltrona”, e olhe lá!

Ai essa Portugal... não tá fácil não viu...

Até a próxima sessão, pessoal!